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quarta-feira, 4 de novembro de 2009


A sensibilidade parece ter se dissipado
No meio das dores e desilusões.
Agora resta um ser seco e calmo.
Frio, mas amável.

No olhar uma escuridão,
No rosto uma expressão rude,
No sorriso o desespero e
Nas pontas dos dedos a inquietação.

O cigarro fez-se cinza,
O wiskhy tremula em cima da mesa lisa,
E o coração bate involuntariamente
Olhando o belo sorriso da criança que brinca.

No mais, restou uma vida ainda em estudo.
Uma mente perturbada, ou talvez lúcida demais.
Restaram páginas em branco
Para serem rabiscadas até ... até... Não se sabe quando.