Visitantes rastreados

quarta-feira, 4 de novembro de 2009


A sensibilidade parece ter se dissipado
No meio das dores e desilusões.
Agora resta um ser seco e calmo.
Frio, mas amável.

No olhar uma escuridão,
No rosto uma expressão rude,
No sorriso o desespero e
Nas pontas dos dedos a inquietação.

O cigarro fez-se cinza,
O wiskhy tremula em cima da mesa lisa,
E o coração bate involuntariamente
Olhando o belo sorriso da criança que brinca.

No mais, restou uma vida ainda em estudo.
Uma mente perturbada, ou talvez lúcida demais.
Restaram páginas em branco
Para serem rabiscadas até ... até... Não se sabe quando.

sábado, 17 de outubro de 2009

Entorpecido


Pão seco, café frio, sala vazia.
Olho o espelho que reflete vários pedaços de uma imagem.
Em suas rachaduras irregulares o sangue escorre sem cessar.

São gotas, depois mais gotas.
Derramadas no tapete branco,
Na sala vazia, perto do pão seco e do café frio.

A tranquilidade reina em um mundo de delírios.
E os dedos se movem lentos e sutis
Ao som da cidade programada e o tic-tac do tempo.

Vejo o que todos não veem
Sinto o que todos são incapazes de sentir
E adormeço na angustia de nada poder fazer.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Canta canta canta
Canta mancinho, baixinho e cheio de amor
Canta canta canta
Canta quietinho para a mais linda flor.

Eu canto e ela encanta
Com o jeitinho que apaixona
Com gestos que proclama
A chegada de uma nova era.

Canto e me deixo encantar
Por sua mão de princesa
Por seu olhar que me deixa sem ar
Por tudo que me faz bem respirar.

E nesse bem querer
Quererei sempre a mais bela dama
Que me faz cantar mancinho
E se permite encantar.


((15/03/2009))



Com um copo de vinho ao lado
Penso quem eu sou diante de mim.

Diante dos outros.

Uma mulher, uma menina, uma qualquer.
Uma criatura sem sombra,
Uma pessoa sem honra.


No reflexo da tinta vermelho-vinho
Me vejo sem forma, e
Talvez seja esta a forma que eu queira me ver.


Devoro minha imagem disforme na boca de um sem nome,
Um que assim sem “praquê” me apareceu.
Que me fez bem, que me fez mal.


E na companhia do meu copo de vinho quase vazio,
Procuro outra maneira de me abastecer
Para uma vida que nem sei quando terá fim.


((21/10/2008))


Faz tempo que não vejo uma borboleta.
Hoje, também não vi,
mas senti o sol me abraçar,
o vento me beijar
e no horizonte a sensação de que tudo ficará bem.


Sim, tudo ficará…
Minha paz encontrarei,
Um amor viverei
E asas criarei
Ao encontro da minha borboleta colorida de perna manca.

((19/09/2008))


Foi em um momento insano,
O orgulho não mais existia. E doía.
Já não havia mais o que sangrar,
Já não havia lágrimas a derramar,
A loucura prevalecia.

O corpo ficou desgraçado.
Fui tomado pelo ódio e repulsa daquele ser.
Era fraco, era débil, era podre.
Recusava-se a levantar e eu recusava-me olhar.

Os andarilhos já não eram guias seguros.
Eles continuavam o caminho previsto.
O vento gelado tocava o corpo dolorido,
Não havia mais sol, não havia mais direção.

No meu cavalo caminhei a passos lentos
Acreditando nos séculos, acreditando em minha alma.
Minha armadura enferrujada custava um movimento,
E na neblina seguia. E doía.

Uma hora aquele clima mudou,
O corpo indiferente reanimou
E o meu desprezo o marcou.
No cheiro da terra molhada, acordou… sem dor.



((15/07/2008))

Onde o temor é escasso Onde a libertação é divina…



Eu quero toda a simplicidade do mundo.
Quero a ausência de angustias
Das incertezas que atormentam.

Eu quero a paz espiritual,
O desapego da matéria.
Quero minha vida e
minha morte em harmonia.


Independente de como
Se é preciso amor, se é preciso ódio.
Se é preciso lágrimas, se é preciso sorrir.
Se é preciso evoluir.


Eu quero minha calma,
minha tranquilidade interna.
Eu quero minha paz espiritual,
O sabor mais intenso e satisfatório
de um micro ciclo vital.



((14/07/2008))


Quando disse para vir comigo
Era incerto te fazer feliz,
E mesmo assim
Agarrei-te pelos braços,
mas também, você quis.

Não me culpe por te fazer chorar.
Não me aponte como alguém má.
Só queria sorrir, mas
Ao teu lado não pude ficar.

Há muito tempo
essa história já teve um fim,
Não foi tão difícil aceitar.
Você conseguiu alguém pra ti 
eu consegui, da vida, me amar.

“Quanto mais se tem dentro de si, menos se quer dos outros”



((17/01/2008))

Hoje percebi meu coração machucado.
Lembrei-me de como eu era
E de como estou agora
depois te tudo o que eu passei.

Me custa olhar pra traz
E ver o tanto d coisas
que poderiam ter sido evitadas.

Não faço de minha vida sofrimento
Porém guardo em mim as feridas
que me fizeram
e estas doem, estas machucam…

Tudo o que desejo
É voltar a ser a menina que era
Sem conhecer a rejeição, a traição e a perda.

Sorria sem medo
Agia sem temer o depois
Queria sem reprimir meus desejos.

Não, as mentiras sinceras não me interessam
Não, as verdades inventadas não me servem
Não, estou dizendo pro Amor
que nem sei se um dia a mim chegará.


((09/12/2007))


Pois é meu bem…
O castelo foi destruído,
Meus sonhos vencidos,
Meus planos falidos.

Do que adiantou esperar pela glória?
Ter a esperança da vitória?
E deitar no leito de um rio seco
Onde as águas são carregadas de merdas.

Confesso que não mais aguento.
Eu me rendo!
E me afasto de uma batalha que nunca tive chance
Onde sofria em vão.

Ah! Foram sonhos tortos,
Amigos invisíveis.
Queria acreditar numa luz
que só me guiava para a escuridão.

Agora não mais penso,
Não mais sinto,
Apenas vivo, vegetando ou não,
Ainda estou vivo.



((18/11/2007))

É preciso dar tempo ao tempo
Quando a melhor solução vem a ser
O silêncio …


Por tudo o que passamos
Não digo que nada foi em vão
Mas se acontece o que hoje é notado
Vamos parar, respirar e …

Quem sabe fique por isso mesmo
Quem sabe voltemos a ser o q eramos
Mas qdo paro pra pensar q o mesmo rio
Já não é o mesmo qdo entramos pela segunda vez
Temo que tb nunca voltemos a nos tornar um só

Vamos viver
Vamos vibrar
Conhecer novas pessoas
E mergulhar nesse mundo de sei lah quem
E se um dia for pra nos unirmos
Vamos com muita força e sinceridade
Voltar a sorrir e a amar.

Volta pra teu ninho,
Mas tb liberta-te desse unico mundo que vc conhece
vem comigo
Conheça um mundo novo
Goste ou não, nunca devemos rejeitar experiências
Fica aí
Se de sua vontade naum partir sinceridade …

Saiba que te desejo o bem.


((17/02/2007))

Que bom seria
se acordássemos no meio da noite,
olhássemos pro lado
e não sentirmo-nos sozinhos.

Que bom seria
se encontrássemos motivo pra viver.
Lembrar que a felicidade nao é impossível
e que a vida é simplismente fascinante.

Que bom seria
se agora eu adormecesse
e num milgare mais que bem vindo
nunca mais acordasse …

Pra sempre no escuro
Pra sempre em outra dimensão
Pra sempre longe daqui.

(Um dia duvidaram do “pra sempre”.
Será que ele existe?
Como julgar algo que ainda nunca vivemos???
Pra sempre sei q não viverei!)


((10/07/2006))

Paro. Caneta. Papel.
Meus pensamentos fluem
Vão além da vontade
Desperta desejos, sensações.

Crueldade lutar pelo invencível,
sacrifício registrar o que dói,
mágoa pelos dias vividos,
frustração por não escrever nada querido.

Talvez meu amigo seja meu espelho.
Talvez minha solução seja a dor.
Talvez minha vida seja saber que nada se sabe...
Quantos “talvez” terei que escrever?

Vida confusa.
Fatos e pessoas inflamáveis.
É no papel e na caneta
que tudo se registra, mas nada alivia.


((14/05/2006))

Surge um poema em um dia chuvoso


O vento sopra frio.
O gelo corroe a carne sacrificada
Onde andarilhos brindam em seus copos o meu sangue…
O olhar triste visualiza um céu nublado
sem esperanças coberto de tédio e rancor.

Os berros de bravos guerreiros
que lutaram por um ato de honra
já não são mais escutados.
E o vento leva toda a sua história
para longe onde nunca será contada…
Nunca será percebida nem vista por ninguém.


Seres egoístas, bárbaros.
Incapazes da sensibilidade,
a não ser pelos seres imundos
que habitam a sua pútefra carne.

Morre lentamente no leito de sangue
provocada pelos andarilhos
que brindam em seus copos o meu sangue sagrado
num tempo curto, mas duradouro…

Yna e Mr. Icarus


((12/03/2006))

Não me condene por não acreditar em contos de fadas
por não me imaginar uma princesa a espera do principe encantado
Não me faça sentir-me uma anormal

Por traz de um lindo rosto há um pavoroso perfil
Não há vida de princesa. não existe princesa
Apenas um corpo desiludido

Personagens são criadas, enrredos são formulados
Criaturas de outro mundo são incorporadas…
enxergue a criança que brinca com tudo isso

Nesses olhos caidos refletem a solidão
nesse corpo escondido revelam a marca da desilusão
Não se apavore, não sinta pena, apenas olhe.

Não tento ser perfeita…

((20/02/2006))

Depois de um encontro


Quem sabe um dia não exista mais lua
(onde nela refletimos nossos medos e angustias)
Quem sabe um dia não exista mais estrelas
(onde nela criamos a esperança de algo melhor)
Quem sabe um dia não exista mais nuvens
(que nos faz lembrar q ainda somos crianças)

Quem sabe um dia nesse reino,
a magia desapareça e
ocorra a descrença de um mundo melhor.
Enquanto isso …
Seja feliz!


((15/02/2009))

Podres são esses humanos,
malignos e desprezíveis.
Procuram na carne a satisfação suprema,
vivem num buraco sem luz.

Apedrejam-se sem piedade,
maltratam o próprio alimento,
rompe a união entre a dor e o prazer,
encontram-se cada vez mais desgraçados.

Sussurra em meu ouvido,
ingere o meu vômito,
rasteja em minha merda,
Dilacera tua própria cria.

Caminhos fúteis, imbecis.
O sexo é podre.
Merecem a morte!!!
A morte sem exceção!!!

Ninguém é digno de um simples olhar,
seja ele de raiva, rancor,
piedade ou amor.
Farejam sempre o mau, a farsa.

Têm de tudo, usufruem do melhor,
porém, desgastam a mais pura e dura pedra,
conseguem o mais precioso tesouro
e cospem como vitoriosos!

viram-se ao seu público.
Idiotas, imbecis, irracionais.
Viram-se, de costas ao seu inimigo!
- Nunca … nunca dê as costa pra mim.


((12/02/2006))

A passos curtos caminho para o além.
O vácuo se aproxima.
As mágoas se exaltam.
O conforto encontra-se longe.

A criança ao meu lado não entende.
Ela tem que sorrir, ela tem que viver.
Desgraçados são os covardes como eu,
Que vive na esperança de amar,
que ama na esperança de acabar.

O punhal que as vezes atravessa meu peito,
a lamina que fere meus pulsos,
o vidro que transparece a realidade,
nada mais passa de dor.

Extravasar a chama gritante,
alarmar o sangue escorrido,
berrar com intuito de atrair
a plena certeza do fim.


Alma miseravel e infeliz,
o precipício está aos seus pés
e o amanhã está mais além…
A passos curtos caminho para o além…


((09/02/2006))

Só levo a certeza de que eu nada sei… eu nada sei

Que venha a certeza de pisar em um chão firme
Que este seja rachado, ressecado do sol
Que este seja escorregadio, ensopado de lama
Mas que este seja uma area sem armadilhas

Que venha a certeza de uma utopia satisfatória
Que tenha um final feliz
Que venha a clareza dos desejos e sentimentos
Que tenha respeito e sinceridade

Que venha logo uma resposta
Um dia de tempestade
Ou um dia de tranquilidade
Mas que venha logo. que venha depressa!

Angustia, inseguraça, duvida
Ao mesmo tempo calma, paciencia, plenitude
Por mais amadurecido que esteja o pulso
A simplicidade me atira ao desespero de um amanhã sanguinário

Me trancar na escuridão com medo da luz?
Me servi de pão e água na ansia de uma solução?
Me vestir de luto na espera da viuvez?…
NÃO! mas…como saberei do amanhã se hoje eu nada sei?

Viver, sorrir, sofrer…
Não há anormalidade em nada
Mas há o temor…
Que venha logo a certeza de pisar em um chão firme!!!
Que venha logo! Que venha depressa!


((30/01/2006))

Conversa no msn

Estou triste.
Chorando... E de quê importa pros outros não é?
Uma lagrima, duas …
Quem vai vê?
Ninguem…
Ninguem escuta, ninguem senti, ninguem ve

Só sei que dói.
Dói no peito.
Um aperto forte.
Só sei que dói… que dói

As vezes qdo estamos sofrendo
queremos q as pessoas ouçam nosso ruido
para lembrá-las q existimos
que vivemos…
mas de que importa?
Ninguem se importa! Ninguem!

((24/01/2006))



Lágrimas caídas sobre o rosto,
Angustia de viver uma ilusão,
Expectativa de um momento utópico
Ápice ao desmoronamento.

Cada gota derramada
Determina mais um sentimento de culpa.
A fraqueza carnal segue dura e fria,
Apunhalando impiedosamente
esse ser incapaz e desgraçado.

É miséria, sujeira.
No meio dessa escuridão,
O fedor da carniça.
Não há nada, nem ninguém.
Não há esperança, nem vida.

Mais a frente um idiota a sorrir.
O protagonista faz a comédia.
No meio do sofrimento e das aflições,
ecos de risos e visões da felicidade alheia.

Que vá ao inferno tais justiceiros
E que reinem nessa terra
os humilhados e miseráveis,
Fazendo do fogo a chama da carne
E da água o frescor do prazer.

Berros para amaciar o desejo
Lágrimas para temperar os sentidos
Possuir essa alma é a missão
Fazer-lhe serva desse cálice de sangue
Compensará o vácuo de um mundo ainda em estudo.



(( 21/01/2006))

Solidão

Solidão!
Temo a solidão do meu ser
Temo ouvir e sentir o que vem de dentro
Não quero lembrar daqueles tempos
Não quero saber o que resta daquelas cenas
Solidão, é o que temo.
É o mostro debaixo de minha cama a noite.
Quando deito para dormir ela me atormenta,
me assusta, me assombra.
Cadê a minha paz?!
Cadê o meu consolo?
Vivo em um mundo escuro
Isolo os meus medos e o q sobra é o vazio.
Afasto as tentações e armadilhas
e o que sobra é a minha alma seca, virgem, atormentada.
A agonia não passa do desespero de saber de sua exitência.
Me livra desse mau,
me ergue ao ápice da satisfação de viver dois em um
Sem o medo de despencar num mar de desilusões e desprezo.
Sou uma vida. Sou o tempo.
Nada mais sou do que o além
Amém!
Tudo tão claro,
Tudo tão tranquilo.
Estava deserto, estava sadio.
Estava inocente, estava indecente.
Mas estava tudo tão fácil
Tudo tão sábio…
A lua chegou.
O sol abaixou.
Você se virou.
E eu na escuridão foi o q restou…
Mas tava tudo tão claro!
Tudo tão tranquilo!
Você se virou
E eu na escuridão foi o que não mais restou…
Hoje está tudo inocente, tudo indecente
Tudo tão claro, tudo tão tranquilo...
Você passou e outro pousou
A lua abaixou
E o sol…
Cadê o sol…?
Ainda nao chegou…

(19/01/2006)

Olhar Simples

Para que tanto mistério?
As coisas da vida são tão simples.
O amor, a amizade, os sentimentos…
Para que tanta complexidade?
Será que é tudo tão sem graça
que procuramos caminhar por labirintos desconhecidos,
por ambientes macabros,
por sensações sacrificantes, dolorosas.
Ah!!! Estou de saco cheio das pessoas.
Elas se tornam uma piada no meio de suas próprias confusões
E você me pergunta: Quem sou eu pra substimar os sentimentos alheios?
E eu respondo: nao sei…