E tudo volta ao tédio que sempre foi,
Pois as palavras já não encantam,
O coração já não balança
E os dias são todos iguais.
Já não me espanta o homem comendo o lixo,
Meus olhos já não se fecham diante a estupidez humana,
E a agonia de um cachorro atropelado, não me fere mais.
Criei a minha casca.
E tudo volta ao tédio que sempre foi.
No coração existe angustia,
E os dias são cenas mudas e em preto e branco.
Não posso ver aqueles que não veem o meu mundo.
Não posso falar, pois ninguém se importa em ouvir.
Então paro para observar a agonia daquele cachorro,
Em um belo por do sol de verão.
"Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra"
ResponderExcluirAdélia Prado