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quinta-feira, 17 de outubro de 2019

As pessoas andam muito perturbadas.
Solitárias no seu mundo desnorteado
Com visões nubladas
Desejos, confusos, de algo que não se sabe o quê.

A madrugada é um cenário cheio de luzes coloridas
Cheio de sorrisos escandalosos, e vazios
Ninguém segura a mão de ninguém sem que o mesmo alguém esteja na mesma alucinação.
Não há lucidez, nem conforto, nem porto seguro.

O egoísmo está ali, sempre rindo,
Pois as costas são facilmente dadas a qualquer momento.
Lsd . Extase . Alcool . Maconha
Se consome de tudo, porém o buraco é cada vez mais duro e frio.

Luz. Dia. Azul. Vento
Preciso desse ar e dessa areia molhada
A agua vai limpar
O som vai acalmar.
Socorro, preciso respirar!

Me afundo na cama.
O silêncio é tão constrangedor..
Alguém faz parar essa vontade de respirar.
ar.. ar.. ar.. ah!



quinta-feira, 27 de agosto de 2015

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Quando a vida parece não ter sentido

O riso é forçado
As palavras são ditas por dizer
Nem a lagrima escorre
Nenhuma vontade aparece a não ser
morrer..

Porque não o suicídio?
Covarde!
Então te afoga nos copos e bocas
Quebra a cara 
Mas sangra de salto!

Alto, pardo, gato
Seria isso que mudaria tudo?
Não não não
Ele causaria tudo de novo
Ou de velho

O velho desejo de morrer.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012



Ela falou que queria viver.
Sorrir! Sem derramar lágrimas.
Que queria se sentir leve...
E se acalmar com um doce gole de vinho.

Cansada de tantas regras,
De frutas podres e pessoas inválidas.
Cansada de si mesma...
E com um insistente vazio no peito.

Faltava-lhe tanto ou quase nada.
Pro silêncio, não havia intérprete.
Pro mundo, não havia respostas.
Para a vida... ela buscava paz.

Por vezes, quis se perder e, de fato, esteve perdida. 
Na noite fria, o cigarro era prazerosa companhia
E ao som do solitário blues
Na estrada ela encontrava algo que queria.

Isolada do mundo, no meio do mundo.
Com tantos caminhos a escolher
Respirava e dava um trago mais fundo
E seguia. Seguir era  só o que ela queria, seguir, e seguir .. 
por aí .. 


terça-feira, 11 de dezembro de 2012

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Meu copo de vinho é amargo

Toda compania vem cheia de vazio, solidão..
Vida fútil, inútil.. e quando pareço ter força
Desabo!

terça-feira, 6 de setembro de 2011


Talvez não seja esse o jeito mais certo, bonito e precavido de se falar.

Talvez eu embaralhe tudo mesmo e ache tudo uma merda, falando cá no popular.

Uma coisa aprendi de tanto repetir:
Não tá bom? Muda!
Muda de cara, de capa, de mapa.
Muda. Se muda. 

- Desnuda!

Venho de cara limpa e na saliva a pinga que me dá o tesão.
Venho desse jeito, assim meio com medo, pra te dar uma satisfação.

Despida, remexida e com sede de nova vida,
Por favor, não reaja com um sermão:
É a saudade que fica no peito e nos braços o aperto
Que me dá força para crescer e enfrentar o vazio da solidão.

 - Boa evolução!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Me dá o endereço do bar mais perto
Daqueles que tem a cachaça mais saborosa
Daqueles de ambiente imundo, sem nenhuma rosa.

Me diz a estrada pra cidade mais impura
Das vadias mais tesudas
Da miséria que não passa na televisão.

Me diz então, cadê o chefão
Que vai me pagar a dose e
Cuspir com precisão
me desafiando a lutar com uma razão.

Ah meu bom jovem, me diz aqui
Quem tu és? Quem sou eu?
Navegantes somos e em um mesmo barco,
Num barco furado.

Divirta-se! Assim é a vida.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Quero aqui pedir desculpas
Pelas pessoas que só me querem bem
Pelas pessoas que me fazem o bem
Meu medo é não ter tempo
Meu medo é de não ter perdão

Será que essas pessoas me compreendem?
Será que elas sabem que eu as amo tanto quanto?
Será que meu desjeito causou muita dor?
Quero aqui pedir desculpas..

Não tão simples quando se sente
Não tão fácil quanto parece
Mas com toda sinceridade e tristeza pelos feitos
Quero aqui pedir desculpas..

Me achei tão certa e abastecida de mim
Que só fiz mau ao afastar aqueles de bem
Me senti tão capaz, mas sozinha
E foi assim que descobri o quanto os amo
Sangue do meu sangue, Quero aqui pedir desculpas..

terça-feira, 10 de maio de 2011

Oh vida, de caminhos e laços
Oh céus, de tempestades e brisas
Oh terra, de rachaduras e belas curvas.

Me diz o significado de viver
De ser e querer
Depois me diz o que há de mau
Em amar e querer, mas não ter.

Oh vida, de caminhos e acasos
Oh céus, de liberdades e inspirações
Oh terra, de bravuras e semeaduras.

Desejo que a vida seja bela
Mesmo com o escuro que não nos permite ver
Desejo que a história seja poética
Mesmo que a dor nos falte o ar.

Oh vida, de imprevistos e destinos
Oh céus, de enigmas e belas tintas
Oh terra, de chão firme e escolhas sem volta.

Me faça vencer o inimigo invencível
Me faça crer na imensidão do universo
Me conforte diante a evolução de aprender a ser.
Oh vida, oh céus, oh terra me alimente por mais um dia.
Talvez algo em você me inspire
e me faça ficar.
Talvez seja só por prazer
Talvez eu queira mesmo te amar.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Selva, Garota da selva
Inspira a força
És Garota da guerra.


Em seus olhos o reflexo do valente tigre
Em seu ouvido o som selvagem do vento
Em sua pele feridas de honrosas batalhas.


Os corações fiéis brindam com o sangue
E chamam o teu nome
Garota com garras de urso,
Garota da selva.


A Lua faz-se cenário do grande ritual
E todos celebram a grande Garota
Que levanta e despeja o sangue da guerra 
O sangue que cura a sede do mau.

Ela...

Que na fumaça do cigarro se revela
Que no coração desamparado se guarda.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Morte

Não vivo à espera do fim,
mas sim, à espera do começo.
Daquele que vai me livrar do peso
de tentar ser um sujeito melhor.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O outro

Fui procurar em mim
O que me agrada no outro.
Certas coisas achei,
Certas coisas não captei.


Guardei em mim aquele olhar cheio de paz
E achei o meu bem querer bem.
Guardei em mim aquele jeito sereno
E achei o que há de mais simples na vida..


Achava que "tinha" o outro
Assim como o outro tinha a mim,
Mas fui surpreendida com o vazio
Em um mundo de falsas verdades.


Questionei-me um tanto entorpecida.
Eras face de um anjo, mas não sabia o que guardava.
Eras tão suave, mas não sabia que agredia.
Eras tão sublime, mas não fui capaz de absorver..


.. Eu vomitei tudo! ..

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Casca

E tudo volta ao tédio que sempre foi,
Pois as palavras já não encantam,
O coração já não balança
E os dias são todos iguais.

Já não me espanta o homem comendo o lixo,
Meus olhos já não se fecham diante a estupidez humana,
E a agonia de um cachorro atropelado, não me fere mais.

Criei a minha casca.
E tudo volta ao tédio que sempre foi.
No coração existe angustia,
E os dias são cenas mudas e em preto e branco.

Não posso ver aqueles que não veem o meu mundo.
Não posso falar, pois ninguém se importa em ouvir.
Então paro para observar a agonia daquele cachorro,
Em um belo por do sol de verão.

domingo, 19 de setembro de 2010


Um dia ele acordou,

Ficou imóvel e só observou
O vento que balançava a grama
O pássaro que beijava a flor.

Tocaram as cornetas.
E todas as faces se voltaram,
Pássaros no céu voaram,
Ao Festejar a chegada de uma nova era.

Tocaram os bandolins.
E as crianças rodopiavam
Com o Bum' grave do tambor
Ao embalar os corações descentes.

Fogos, risos, vozes.
Música! Muita Música!
A flauta produzia lindos arranjos
E não mais havia nada sem tamanha alegria.

Perceberam a vida contagiante!

Não é fácil de entender,
Também é difícil explicar,
Procurei você dentro de mim,
Mas não havia nada lá.

Procurei nos lugares que costumava te deixar.
Procurei na ponta do lápis,
Procurei no meu sangue,
Procurei na minha mente,
Mas não havia nada lá.

Aonde foi parar
A poesia que vinha me acalmar?
Procurei você dentro de mim,
Mas não havia nada lá.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Death


A memória me falha
E tudo o que sei é o que vejo.
Minha visão aguça os meus sentidos
Para um caminho desconhecido.

Percebo que o vento não circula,
Percebo que me falta o ar,
E os segundos acontecem lentamente.

Escuto a minha respiração
E olhando o céu infinitamente preto
É noite também no meu coração.

Meus olhos se fecham.
Cessa o amargo na boca,
Cessa absolutamente tudo
E me permito um caminho desconhecido.

terça-feira, 17 de agosto de 2010


Rabisco e Pinto,
Te moldo ao acaso,
Jogo pétalas de flores,
Te pego em meus braços.

Corto o ar e te envolvo nos laços.
Amasso, toco, retoco,
E nessa hora me viro
E me encontro sorrindo.

Repinto e respingo.
O azul, o vermelho, o amarelo e..
Atiro o meu vinho, vinho tinto,
Vinho que finalizo.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

E de repente meus olhos embaçam.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A menina agachada na esquina

Se deu conta que o tempo passou
E percebe quanta falta faz aquele olhar
Que antes brilhava só pra ela.

Ela se vê desamparada
E suas lágrimas juntam-se ao rio
Que passa em baixo de seus pés
Pelo canal da esquina vazia.

Seria o desejo de voltar a ter e ser tudo o que era?
Seria apenas a saudade daquele olhar antes só dela?

É certo que ela vai erguer a cabeça
E seguir em frente,
Mas deixe-a chorar um pouco.
Deixe-a viver esse momento sem ao menos uma palavra.

Como pode ser tão belo a água do rio e a água das lagrimas?