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quinta-feira, 15 de outubro de 2009



Com um copo de vinho ao lado
Penso quem eu sou diante de mim.

Diante dos outros.

Uma mulher, uma menina, uma qualquer.
Uma criatura sem sombra,
Uma pessoa sem honra.


No reflexo da tinta vermelho-vinho
Me vejo sem forma, e
Talvez seja esta a forma que eu queira me ver.


Devoro minha imagem disforme na boca de um sem nome,
Um que assim sem “praquê” me apareceu.
Que me fez bem, que me fez mal.


E na companhia do meu copo de vinho quase vazio,
Procuro outra maneira de me abastecer
Para uma vida que nem sei quando terá fim.


((21/10/2008))

2 comentários:

  1. "Saboreiem do amor tudo o que um homem sóbrio saboreia do vinho, mas sem se embebedar" Alfred DeMusset

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  2. q bom seria se todas as incertezas, todas as desilusões, todos os desencantos se dissolvessem em uma taça de vinho…
    mas sabemos muito bem q o q ele mas traz é a dor de cabeça no dia seguinte, e a lembrança de q tudo isso ainda existe.
    vc é uma verdadeira poetisa! adorei seus textos! ^^ beijos

    jeane

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