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quinta-feira, 15 de outubro de 2009



Lágrimas caídas sobre o rosto,
Angustia de viver uma ilusão,
Expectativa de um momento utópico
Ápice ao desmoronamento.

Cada gota derramada
Determina mais um sentimento de culpa.
A fraqueza carnal segue dura e fria,
Apunhalando impiedosamente
esse ser incapaz e desgraçado.

É miséria, sujeira.
No meio dessa escuridão,
O fedor da carniça.
Não há nada, nem ninguém.
Não há esperança, nem vida.

Mais a frente um idiota a sorrir.
O protagonista faz a comédia.
No meio do sofrimento e das aflições,
ecos de risos e visões da felicidade alheia.

Que vá ao inferno tais justiceiros
E que reinem nessa terra
os humilhados e miseráveis,
Fazendo do fogo a chama da carne
E da água o frescor do prazer.

Berros para amaciar o desejo
Lágrimas para temperar os sentidos
Possuir essa alma é a missão
Fazer-lhe serva desse cálice de sangue
Compensará o vácuo de um mundo ainda em estudo.



(( 21/01/2006))

3 comentários:

  1. Bom... é mais complicado comentar aqui do que colocar um servidor para rodar. Apesar de ser como é e possuir palavras pesadas, como já lhe disse, gostei muito deste, apesar de combinar muito com você e sua solidão.

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  2. Solidão é um estado de ser que domina se deixar, e quando se vê vc está sempre só… não deixe que esse estágio passageiro se torne eterno…. mas gostei do texto! Parabéns
    Bjos no meio do seu sorriso e no seu coração!

    Zeck

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  3. Adorei esse texto, a solidão eh um sentimento mtu ruim, acho q todo mundo passa por ele um dia. Mas na verdade ninguém está sozinho nesse mundo… Bjos

    André

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