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sábado, 17 de outubro de 2009

Entorpecido


Pão seco, café frio, sala vazia.
Olho o espelho que reflete vários pedaços de uma imagem.
Em suas rachaduras irregulares o sangue escorre sem cessar.

São gotas, depois mais gotas.
Derramadas no tapete branco,
Na sala vazia, perto do pão seco e do café frio.

A tranquilidade reina em um mundo de delírios.
E os dedos se movem lentos e sutis
Ao som da cidade programada e o tic-tac do tempo.

Vejo o que todos não veem
Sinto o que todos são incapazes de sentir
E adormeço na angustia de nada poder fazer.

Um comentário:

  1. "O gênio e o louco num ponto se assemelham: ambos vivem em um mundo diferente daquele em que vivem os outros mortais."
    (Arthur Schopenhauer)

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